Computação é uma ciencia que me fascina, e me entedia.
Eu nao consigo entender porque nao estamos TAO mais longe em assuntos tao simples. Nao consigo entender uma pessoa (normal, nao to falando de mim ou de qualquer ser que se auto-intitule "fudeba") que possa ter um computador em casa e, ao mesmo tempo, um smartphone de "galaxy S2" pra cima.
O poder computacional dessa jaquinha é um absurdo! Dá pra jogar jogos, ler e escrever e-mails, acessar a internet, ver filmes, usar o videofone-dos-Jetsons, tirar fotos incriveis e, pasme, ate fazer ligações telefonicas!
Eu nao consigo conceber o fato que nao existe uma "cultura" de usar um aparelho desses como um microcomputador de uso geral. Nao estou falando de nao existir o "hardware" em si, porque ele EXISTE - um hub USB, um adaptador de USB pra HDMI, um teclado e um mouse USB. Conecta-se o bichinho a um monitor - ou ate mesmo o seu televisor da sala e PRONTO, voce tem um computador de uso geral que serve para pelo menos 60% das pessoas. Do planeta. Sim.
Eu uso computador pra muito mais do que isso. Uso Corel DRAW!, uso Eagle, uso OpenSCAD e outros programas que - por enquanto - nao tem versao para android. Mas me diga: E o resto? e aquela pessoa que acessa o facebook/noticias/email/escreve textos/planilhas? Voce nao precisa mais que um pentium III pra isso. Alias, voce nao precisa de PRATICAMENTE NADA para isso. Um raspberry-Pi de 30 dolares te resolveria o caso.
Mas nao enxergamos isso
Somos ILETRADOS na grande maioria dos assuntos que nos cercam. O pior que as vezes nao apenas somos iletrados, mas BITOLADOS. No sentido que temos as solucoes ao nosso alcance, mas nao as enxergamos. Temos a faca e o queijo, o prato e a vontade de cortar, mas nao executamos o ato por pula bitolagem, pura pseudoprogramacao mental incentivada pela sociedade mediocre que nos cerca. O maior exemplo pra mim é o usuario "tipico" da praga chamada "arduino". Ele pode fazer um medidor de umidade do solo, com display LCD grafico e conexao satelital. Mas nao vai conseguir fazer nada se voce retirar a plaquinha arduino e colocar um processador AVR no lugar - que essencialmente, é A MESMA COISA.
Precisamos pensar fora da caixa. Precisamos desligar o TV (e sim, televisor é substantivo masculino. Televisao é aquilo que voce assiste no televisor!), fechar a telinha do facebook, desligar o celular e sentar na porta de casa, observar as formigas andando, a direção do vento e o processo do amanhecer/anoitecer. Precisamos recriar os laços com o mundo real, sair do mundo virtual e pensar de formas diferentes, mais amplas, mais abrangentes. Preciamos reaprender a pensar sem depender de um computador. Ou pior ainda, sem depender de alguem que te oriente. Precisamos olhar o problema de fora dele, de cima, de baixo, de todos os lados
Qual foi a ultima vez que voce CONSTRUIU alguma coisa? Qual foi a ultima vez que voce CONSERTOU alguma coisa? Qual foi a ultima vez que voce CRIOU alguma coisa?
O que falta pra voce criar algo revolucionario?
Antigamente tinhamos pouco poder de processamento, e muita imaginação. Olhem essa foto:
Cartuchinho bonitinho, né?
Esse ai foi o primeiro jogo do "Super Mario Bros" pro nintendo. Essa foto ai de cima, tem 120Kbytes.
O jogo gravado dentro desse cartucho, tem 41 KBytes
Ou seja, em 1900 e trosoba, tinhamos um jogo divertidissimo, que ate hoje as pessoas jogam (e ele é referencia no planeta todo). E ele ocupa 1/3 do espaço dessa FOTO que voce está vendo ai em cima. O videogame tinha menos poder de processamento que o seu relogio. Mas ainda assim, nos divertiamos. E ate hoje o fazemos! Com aqueles jogos de 1900 e bolinha!
Será que desviamos do caminho? Perdemos o foco? A unica area que o grande povo realmente acompanha sobre desenvolvimento computacional é a qualidade grafica dos joguinhos. Fora isso, tudo passa ao largo.
Está na hora de nos reinventarmos. Deixo meu desafio aos meus (poucos) leitores: Quem tem coragem de usar seu smartphone como um micro de uso geral? Quem tem coragem de fazer uma "doca" que, ao chegar em casa, voce o conecta na "doca" e ele vira o seu computador de mesa, interage com sua casa e ainda por cima carrega a bateria?
Pense, invente, TENTE, crie, desenvolva, mude, progrida
O amanha será melhor que hoje, só depende de nós!
05 julho 2015
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6 comentários:
Eu uso o meu Galaxy Note 2, pra praticamente tudo no meu dia a dia, meu "escritório" esta praticamente dentro dele, desde emails, envio de notas, internet, imprimir textos, envias pdf's, fax etc.
Esta me "quebrando não so o galho, mas uma arvore quase inteira"
E claro que para certas coisas na qual trabalho, necessito de um poder computacional maior, ai e que entra os meus PC's de casa !
Bom, não deixa de ser um sonho antigo meu. Apesar do fato que eu não suporto o sistema operacional Android, por razões pessoais (e não por afronta a ninguém, se alguém quiser tentar me convencer do contrário fique a vontade pra tomar - muito - no olho do c* pelo resto da eternidade). De qualquer forma, também existe tecnologia - e barata! - para conexão do meu smartphone com uma TV/Monitor com entrada HDMI (do seu também!) e dispositivos de interface humana usando tecnologia bluetooth. Isso já supre mais de 90% da utilização de um micro por um ser humano comum.
A questão de alguns softwares não existirem para o sistema operacional móvel escolhido também incomoda, mas temos que lembrar que ela pode ser parcialmente resolvida com uma atitude simples: procurar um software similar para uso. E quando isso não for possível, ainda podemos solicitar a alguns desenvolvedores que lancem versões compatíveis, ou que nós mesmos os façamos/portemos as versões de softwares de código livre, afinal, tem pelo menos dois fudebas nessa conversa com capacidade suficiente para isso: Você e eu.
Sei lá, mas meu smart não é tão bom, ainda prefiro o notebook! Acho a tela pequena, o teclado ruim de escrever, erro muito, ainda lento pra navegar, ou seja ainda acho muito limitado! Embora os tops tenham um hardware muito bom, ainda perdem para o pc convencional, eu ate comprei um MK808B pra rodar linux e tentar usar como apenas player de sf2, mas me falta tempo para me dedicar! Acho interessante o seu desafio, para o uso trivial com certeza o android com um hardware médio dá conta, mas o povo é muito bitolado em nome, marca, números, "quanto maior melhor", eu sempre me perguntava o por quê de comprarem notebook com grandes processadores para uso simples, mas é a velha mentalidade de falta de informação aliada a vendedores que querem sempre "empurrar" o que é mais caro e não o que o cliente precisa! Fora isto, vivemos em tempos superficiais, pessoas querem mais aparecer que realmente ser algo serio, ainda me lembro dos tempos que as pessoas eram mais racionais, não faziam nada para desperdiçar, não gastavam dinheiro e tempo com besteiras, hoje se paga, e caro, para ostentar mesmo negligenciando o que é básico! É chato mas as pessoas estão mais burras, e o pior, por opção própria!Valeu, Bené
Meu smartphone é um "velho" iPhone4s, que só não me serve melhor porque os websites hoje estão extremamente carregados de bloatware que consomem memória e processamento absurdamente desnecessário.
Pura perfumaria.
Durante 21 anos da minha vida, usei equipamentos topo-de-linha em produção de mídia em casa e nas empresas onde trabalhei.
Já fui representante Apple, trabalhei na IBM e hoje trabalho na AT&T.
E os computadores que mais me divertem, são os da minha coleção de velhas máquinas dos anos 80 e 90... simples e eficientes, sem bloatware, fazíam muito bem o serviço para os quais eram projetados... e é assombroso como às vezes, tarefas simples como processamento de texto puro, podíam ser executadas com eficiência até superior a poderosas soluções modernas (e com um grau de segurança muito maior).
Penso que a Informática tomou caminhos tortuosos, baseados na aparência ao invés da eficiência (forçando as pessoas a comprarem equipamentos cada vez mais poderosos, mas exercitando cada vez menos o cérebro) e que a próxima grande revolução na informática bem que poderia ser a busca pela a simplicidade em função da eficiência, com uma declaração de guerra ao bloatware.
Quem tentar e conseguir, certamente poderá se tornar o novo Bill Gates, ou novo Steve Jobs... Quem sabe?
Meus parabéns pelo texto Alexandre!!!!
Simples e direto.
Taba, eu já cobri uma CES inteira usando só um Motorola Atrix rooteado, uma Lapdock (com programas extras instalados) e uma câmera. Para descarregar, cropar e redimensionar imagens e mandar texto pra redação era o suficiente, e a bateria (a Lapdock recarregava o Atrix) uma MARAVILHA!
O único ponto ruim foi que troquei de câmera dois dias antes da viagem, e não notei que o modelo novo produzia arquivos de vídeo MUITO maiores que o antigo. Como o upload na internet do hotel era lento PACAS, penei por não ter um notebook "de verdade" a mão pra poder rodar um Handbrake e deixar os vídeos mais leves.
O Atrix era um ARM (Tegra 2) A9 Dual-Core de 1 GHz com 1 GB de RAM, e rodava além do Android (2.3) uma distro Linux (que a Motorola chamava de Webtop) "capada" com um Firefox completo. Hoje qualquer Zenfone de R$ 599 tem um Atom Dual-Core de 1.2 GHz com 2 GB (!!!) de RAM, suficiente pra encarar muitos Chromebooks. Caramba, meu smartphone atual tem 4 GB de RAM e um Atom Quad-Core de 2.3 GHz, que se bobear não está muito longe do Core 2 Duo de 1.8 GHz e 4 GB de RAM que foi meu desktop por muitos anos (a GPU, com certeza, é MUITO superior).
Acho que uma coisa que ajudaria seria uma "padronização" de docks. Eu adoraria ter uma dock "notebook" fininha com monitor de 11 polegadas, ou uma "desktop" pra usar em casa, e não ter de me preocupar em aposentar ela se trocar de smartphone. Isso, aliás, foi a cagada da Motorola: o Atrix usava um modelo de Lapdock, o RAZR usava outro, o Atrix 2 era outro ainda... tremendo tiro no pé!
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