Transcrevendo do site, pra ficar "backupeado" (fonte: site do Bom Dia Brasil, Rede Globo)
Casos de violência e invasões estão previstos em lei. Mas, pelo que se vê, a lei não está se aplica em todos os casos. Para o MST, a lei não é aplicada, como o próprio presidente do Supremo tem dito.
Em resumo: um grupo do MST invadiu a propriedade de uma empresa. Os invasores usaram armas, fizeram reféns e abateram gado da fazenda. E a empresa, dona da fazenda, tem que entrar na Justiça com ação de reintegração de posse.
Fico a imaginar uma situação análoga, em que um grupo armado invade uma agência bancária, faz reféns e destrói computadores do banco. A polícia abre inquérito, e a proprietária do banco tem que entrar na Justiça para pedir reintegração de posse.
Duvido que um chinês, um americano ou um europeu, entendam isso. No planejamento do MST, seguindo a orientação nacional, há prioridades. Como a fazenda é de uma empresa de que participa um homem que está sendo processado, Daniel Dantas, ela tem prioridade.
O MST se antecipa a decisões judiciais, pretensamente para fazer Justiça. Também agem assim grupos de extermínio nas grandes cidades. Fazer Justiça com as próprias mãos e passar por cima da lei: tudo isso é o caminho oposto do estado de direito, de que tem falado o presidente do Supremo. É o caminho da selvageria, contrário ao da civilização.Brasília: a cidade da fantasia
Em Brasília, funcionários públicos da Câmara e do Senado pedem reajustes de salário. O tempo é de austeridade, mas isso parece não valer para a capital federal.
Estou há mais de 30 anos em Brasília e sempre me irritou de chamarem minha cidade de ilha da fantasia. Agora, percebo por quê. Com a crise, fica mais clara a diferença entre a ilha e o continente Brasil.
Aqui, as vendas de imóveis são o dobro de São Paulo, o estado que mais produz e mais paga imposto. Em janeiro, as vendas de carro, por aqui, cresceram dez vezes o que subiram no restante do país. Os vendedores de carro daqui dizem não ter problemas com inadimplência; seus clientes, dizem, são em maioria funcionários públicos com renda familiar acima de R$ 12 mil por mês. Ao todo, 60% da massa salarial na capital do país são do serviço público. No entanto, em um milhão e cem mil trabalhadores formais, apenas 180 mil são do serviço público.
Hoje, começa o prazo para a declaração do Imposto de Renda que começa. O Imposto de Renda é o mais justo dos impostos, porque cobra mais de quem ganha mais. Os demais, em geral, proporcionalmente, cobram mais de quem ganha menos. Ao todo, 18% sobre o feijão com arroz que um trabalhador de salário mínimo compra é muito mais para ele que para um funcionário do Congresso com mais de R$ 10 mil por mês.
A injustiça fica maior quando os impostos não são revertidos para quem paga. Não se transformam em segurança pública, saúde eficiente, ensino que dê futuro e estradas de verdade. Mas vão para gordas e extensas folhas de pagamento, que deveriam ser lançadas à "gasto improdutivo".
Basta comparar tudo isso para perceber se perceber a imoralidade e a injustiça regendo as relações entre estado e contribuinte. A democracia não foi feita para gerar esses resultados.
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